sexta-feira, 10 de maio de 2013


Animais salvam Produtor de Feijão no Carú

Quem passou pela localidade de Socorro na última semana passou por uma cena um tanto quanto inusitada: Uma colheitadeira avaliada em mais de meio milhão de reais literalmente enterrada em uma das estradas.


O proprietário da colheitadeira, Norberto Medeiros, mais conhecido como Tico Paulista, ao ser entrevistado pelo Trigo Limpo disse que não sabia se despejava gasolina na colheitadeira e ateava fogo, se despejava gasolina em si próprio e tacava fogo ou se tacava fogo na Prefeitura e na Secretaria de Obras juntas, pois justamente no período de escoamento de safra a situação da estrada estava naquelas condições. “Em quem vão pôr a culpa dessa vez pela situação da estrada? De certo será na seca”. Expõe desacorçoado o produtor.

O mais interessante foi a forma de realizar a remoção da máquina, que ficou plantada no chão. Há relatos que viram inclusive brotações iniciando na mesma. Inicialmente a tentativa frustrada foi remover a máquina com um trator abagualado:



A máquina velha não deu um piu e continuou plantadita no mais. Então foi preciso recorre-se a um trator de esteira que forcejou de apitar e nada da baguá da máquina desatolar.



Nestas alturas Tico Paulista já mastigava brasas acesas de tão brabo, resolveu recorrer até mesmo a forças interplanetárias para locomover a máquina. Na chegada da equipe intergalática era um clarão e uma ventania só... Era só olhar pros campos e ver gado, gentes e bichos correndo e se escondendo. “Fartô arve pra ir debaxo”. Comenta espantado um dos agricultores presentes. Pois o disco voador roncou, bufou, alumiou e a máquina moveu apenas 5 centímetros, permanecendo atolada.



Neste momento, Tico Paulista já estava disposto a ir para Praça buscar a gasolina e fazer o incêndio mais caro da Serra Catarinense, um tchô beiçudo, sentado nos garrão pitando um paiêro olhava a cena e disse que poderia resolver a situação. “Óia seu Tico, eu sei quem dá um jeito na baguá da máquina! O Zé Maria do Natalício ali do Divino tem uma junta de boi ajeitada que pro mode que tira a verdona do atolero”. Depois de ter chamado todas as alternativas possíveis, Tico mandou buscar o vivente do divino e a respectiva junta de bois.

Ao chegar no local, Zé do Natalício dá uma cubada na máquina, dá uma pigarreada, põe os bois na canga, dá uma cuspida no chão e fala com autoridade:

“Óia Mimoso! Xô Barroso!”, e com uma pequena vara cutuca as virilhas dos bois que num sofrenão desencalham a máquina em apenas 05 segundos.


Zé do Natalício alega que se não fosse a chegada do frio os bois estariam mais gordos e não levariam nem 05 segundos para retirada do equipamento: 

"Num á de cê que meus bichinho tão meio magrote... Cuáfarta de chuva não pudemo plantá os pásto e meus boi emagreçeru, si fossi nu verão era capaiz de arrebentá cá máquina". Fala orgulhoso o proprietário.

Já há especulações que afirmam que engenheiros da John Deere, Caterpilar e Massey Ferguson já andam realizando sondagens na República Caruense, para desenvolver seu novo projeto de máquina inspirado na junta de bois do Zé do Natalício. A Câmara de Vereadores do Município já estuda a possibilidade de conceder o Título de Mérito Cerritense ao Mimoso e ao Barroso.

Informou direto da redação, correspondente C.D.E., com oferecimento de Pecuária do Nildo. 

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